Confissão
Dito isso, vamos ao texto.
Acabei de saber através da live
do jornalista Rodrigo Constantino que ele foi demitido da Jovem Pan por
supostamente ter se pronunciado a favor do acusado no caso da influencer
Mariana Ferrer (o caso foi este: https://jc.ne10.uol.com.br/brasil/2020/11/11993025-com-sentenca-inedita-de-estupro-culposo--empresario-acusado-de-violentar-influencer-e-inocentado.html).
O pronunciamento que deu origem à polêmica e à demissão acontece a partir do ponto 53:25 deste vídeo: https://youtu.be/aQYM15giTvs?t=3205. Já o vídeo em que o jornalista apresenta a sua revolta com o acontecido é este: https://www.youtube.com/watch?v=qtY9Yj78sYo.
Pois bem. Ontem, após tomar conhecimento
do fato de que o promotor do caso havia pedido absolvição por “estupro culposo”
– um crime que sequer existe na lei brasileira –, eu fiz uma postagem no
Twitter para protestar contra o absurdo. No momento em que eu estava redigindo
o post, tive vontade de comentar também sobre a frouxidão que o conceito
de “estupro” vem ganhando nos últimos anos, em decorrência principalmente dos
movimentos feministas e de esquerda. Contudo, eu me contive e apontei a minha
mira apenas para o patético procurador. Por quê? Porque eu estava ciente do barril
de pólvora que é mexer com esse tema.
Mas as palavras do Rodrigo
Constantino na live de hoje (o vídeo de 32 minutos com o título “Esclarecimento
sobre caso do estupro e saída da Jovem Pan”) entraram como um punhal no meu
peito. Na verdade, eu fui covarde! Essa é a confissão que faço agora. Ouvir
aquelas palavras foi uma combinação de dor lancinante – por arrependimento – com prazer orgásmico – por concordância. E eu não vou cometer aqui a deselegância
de repetir o óbvio que lá foi falado só para tentar comprovar o meu arrependimento e reforçar a minha admiração pela coragem do Rodrigo Constantino. Apenas escrevo isso: aquelas
palavras... ah como queria tê-las dito!
Mas eu não tive os culhões do
Rodrigo Constantino.
-x-x-
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